sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Comer na rua ou não comer? Eis a questão

Quando eu digo que comer na rua é uma aventura, independentemente do local em que se está, ninguém acredita. O que é mais arriscado? Comer um cachorro-quente no carrinho da Lapa ou comer um roast beef na churrascaria Boi Preto? Sinceramente, não sei a resposta.

A prova de que boa localização e preço alto não são garantias de limpeza e qualidade foi constatada nesta quinta-feira (24/11), durante a operação da Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon) que vistoriou inúmeros estabelecimentos de Salvador. No total, 13 negócios, a maioria instalada em áreas nobres, foram autuados por inúmeros problemas: acondicionamento de alimentos, falta de higiene e de refrigeração no local onde os produtos são armazenados, além de placa que indica a proibição de fumo fora dos padrões indicados pela lei municipal.

Falar do tema sem dar nome aos bois é uma temeridade. Sendo assim, lá vai: o Grande Hotel da Barra sofreu sanções por ausência de higiene no material de manipulação de alimentos. A Delicatessen Santa Maria, em Brotas, recebeu notificação por armazenar três refrigerantes com prazo de validade vencido e também por mau acondicionamento dos produtos.

Até a lanchonete Subway entrou no bolo, junto com o Bohemia Pilsen Bar e o restaurante Tony's, todos na Barra, o restaurante Mistura Fina, em Itapuã, e o restaurante Boi Preto, na Boca do Rio, não tinham placas de proibição de fumo. O Bohemia Pilsen Bar se destacou, também, por ter produtos com datas de validade vencidas. Os agentes ainda encontraram peixe cru no chão do restaurante Ki-Mukeka, em Armação. Também por má conservação dos alimentos, foram notificados o Caranga Bar e Restaurante e a churrascaria Tchê Picanha, ambos na Pituba. Ainda de acordo com o órgão, a precariedade na higiene da manipulação dos alimentos e validade vencida de produtos resultaram em autuação para a Cantina Montanari, na Boca do Rio. Não esqueçamos que filmaram um rato morto na cozinha do Mc´Donalds do Hiperposto (Av. ACM), na semana passada.

Todos os estabelecimentos comerciais foram multados pela coordenadoria em aproximadamente R$ 8,9 mil e têm 10 dias para apresentar defesa.

Fala sério! A maioria destes estabelecimentos já foi visitada por mim um dia e eu acredito que por você também, que lê este post agora. Infelizmente o ser humano, principalmente o baiano, é dado a este tipo de prática. A falta de higiene e atenção, atrelada à vontade de se dar bem a qualquer custo fazem com que nada 'ande' no rumo certo aqui em Salvador. Vai ver que o churrasquinho do 'tio', na Estação de Transbordo, e do hot-dog do 'coroa', no Terreiro de Jesus, sejam mais limpos que esses locais citados acima.

Antes de sair para consumir bebidas e comidas fora de casa, dê uma rezadinha. Se não é pelos homens, tenta por Deus.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Artistas apoiam movimento contra a construção da Usina de Belo Monte. Vamos aderir?


Essa semana, um dos assuntos mais comentados nas mídias sociais foi, sem dúvida, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. O assunto ganhou destaque porque foi divulgado na rede, na última terça-feira (15/11), um vídeo de protesto gravado por atores famosos do Brasil, a exemplo de Juliana Paes, Cissa Guimarães, Marcos Palmeira e Sérgio Marone, este último produtor do material, intitulado “É a Gota D´Agua + 10”.

O objetivo dos artistas é alertar a população e incentivar os internautas a assinar uma petição a ser enviada à presidente Dilma Rousseff pelo fim da obra da usina. A construção do megaequipamento irá custar aos cofres públicos, sendo que boa parte do montante é oriunda de impostos, R$30 bilhões.

A grande repercussão do vídeo causou, inclusive, a queda do servidor onde está hospedado o baixo-assinado que recebeu mais de 16 mil assinaturas, registradas em menos de 24 horas. Parece que os questionamentos feitos pelos artistas surtiram efeito e os espectadores do vídeo, neste caso os internautas, sentiram-se cutucados e estão dispostos a protestar. Veja, abaixo, algumas das dúvidas e informações levantadas pelos atores.

- Sergio Marone pergunta: "Do que adianta construir a terceira maior hidrelétrica do mundo se ela só vai produzir um terço de sua capacidade"?

- Eriberto Leão alega: "A Usina vai inundar, alagar, destruir 640 km² da floresta amazônica"

- Cláudia Ohana ironiza: "Quem se importa se os índios não vão ter onde morar"?

Vale salientar que o protesto não parte, apenas, dos famosos. Na realidade, Belo Monte conta com inúmeras liminares que determinam a paralisação da construção. Ativistas e índios moradores de Altamira, no Pará, protestam contra a obra, por acreditarem que a mesma trará prejuízos às populações ribeirinhas.

E eles estão certos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente fez um relatório de impacto ambiental que apresenta uma lista com mais de 32 danos que as obras podem causar. Destacam-se, entre eles, as alterações nas condições de acesso pelo Rio Xingu das comunidades Indígenas à Altamira, causadas pelas obras no Sítio Pimental; alteração da qualidade da água do Rio Xingu próximo ao Sítio Pimental e perda de fonte de renda e sustento para as populações indígenas;inundação permanente dos abrigos da Gravura e Assurini e danos ao patrimônio arqueológico, causada pela formação dos reservatórios; além da perda de vegetação e de ambientes naturais com mudanças na fauna, causada pela instalação da infra-estrutura de apoio e obras principais.

Ao que parece, a construção dessa usina não vai trazer nada de positivo para o Brasil. Muito pelo contrário. A usina de Itaipú, já dá conta do abastecimento de energia para todo o território brasileiro, com uma potência de geração de 14.000 MW. Acho que está na hora de retomar o espírito de protesto, há muito perdido pelos brasileiros, e não deixarmos que esta obra megalomaníaca acabe com um dos mais importantes tesouros do nosso Brasil.

Entrem no site www.movimentogotadagua.com.br, assinem a petição e compartilhem essa ideia com o maior número de pessoas possível. Vamos mostrar aos nossos governantes que podemos influenciar e lutar por um futuro melhor para o nosso Brasil.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O rio virou sertão e Salvador virou um rio

Nesta semana, os usuários das mídias sociais deram mostra da enorme criatividade fazendo brincadeiras sobre o temporal que caiu na capital baiana. Montagens com jet ski e ferryboats à parte, o caso é seríssimo. As principais vias da cidade viraram, literalmente, rios e a população ficou à deriva, com medo de sair de casa, privando-se do simples direito de ir e vir.

Em 48 horas, o volume de chuva em Salvador ultrapassou a média prevista para todo o mês de novembro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Por mais que esta não seja a época das chuvas na capital, a Prefeitura deveria estar dotada de um plano de ação para esse tipo de emergência. Mais do que isso. A cidade não deveria padecer tanto por causa do fenômeno climático.

Todos sabemos que somos órfãos de uma boa infraestrutura, de um ótimo serviço de limpeza, de uma excelente condição de mobilidade e de uma eficiente segurança. No entanto, saber que estamos à mercê de grandes tragédias por qualquer chuvinha é desolador.

A administração atual está nos dando uma aula de como não cuidar de uma cidade. O 'incrível' João Henrique parece ter desistido de manter uma boa imagem e já não dá, sequer, satisfação sobre a sua incompetência. Espero que ano que vem, estejamos alertas e não votemos em um banana só porque ele prometerá fazer umas obrinhas aqui e acolá. Vamos conhecer os candidatos a fundo e no futuro, caso o escolhido não dê conta do recado, vamos dizer isso a ele, em alto e bom tom, para que o indivíduo perceba que aqui não tem otário.

Avante, Salvador! A união faz a força!
Tenho dito!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Deixo a vida me levar, mas os protestos não deixam

Ao manter meu rotineiro costume de ouvir o rádio pela manhã, me deparei com mais uma notícia sobre manifestações que cerceiam o direito do cidadão de ir e vir. Não bastando apenas uma, a notícia dava conta de que, no momento, duas manifestações aconteciam.

A primeira delas na BA-528, depois do viaduto de Paripe, sentido Base Naval, e a segunda na BA-093, no Km1, na altura do posto de combustíveis Paraqui, no sentido Simões Filho. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual o protesto é para exigir melhorias na região. Salvador não ficou de fora e o palco do 'rebuliço' foi a Avenida General San Martin, na qual os manifestantes queimaram objetos, não deixando claro o motivo do protesto.

Eu gostaria de saber o que os condutores e usuários da via têm a ver com a reivindicação dessas pessoas. Quer melhorias na região? Vá protestar em frente à Prefeitura ou mesmo em frente à casa do prefeito!

O Manual do Cidadão diz que todos têm o direito "de ir e vir em todo Brasil, em tempo de paz. Se não houver ordem de um juiz ou se você não está em flagrante delito, qualquer impedimento à sua liberdade de locomoção é ilegal. A nossa Constituição prevê o Hábeas Corpus para proteger seu direito de locomoção. Qualquer pessoa pode procurar um juiz quando este direito não for respeitado".

Ou seja, quem faz estas manifestações aleatórias, em qualquer local, sem se preocupar se está prejudicando a população, comete um crime. O Estado, responsável pelas ações das polícias Civil e Militar, tem que ser mais enérgico em relação a isso. Parece que a solução para todos os problemas é manifestar. Eu não tenho nada contra fazer um protesto, desde que ele seja organizado e que incomode os que estão causando o problema e não quem não tenha, absolutamente, nada a ver com isso.

Tenho dito!

*Com informações da Rádio Metrópole