terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Crime em duas rodas - onda de assaltos cometidos por motoqueiros vira tsunami

A criminalidade, não só em Salvador, como no Brasil inteiro, está tomando proporções tão gigantescas, que a Segurança Pública está tendo que treinar agentes no combate a diferentes modalidades de crime. Na Bahia, por exemplo, a Polícia Civil decidiu criar uma unidade especial de motociclistas. O intuito é enfrentar os criminosos que utilizam motocicletas para realizar assaltos e até latrocínios - roubos seguido de assassinato - e que tem maior poder de fuga.

Informações da coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde desta terça-feira (06/11), dão conta de que uma equipe, formada por 17 policiais civis, está sendo treinada para enfrentar este tipo de crime no Esquadrão Águia, da Polícia Militar (PM).

Em São Paulo, a preocupação é ainda mais aguda. Recentemente, no dia 23 de novembro, foi aprovado pela assembleia estadual um projeto de lei que determina a proibição de garupas em motos no estado. A medida, caso seja sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, impedirá a circulação dos pilotos e seus caronas nos dias úteis (segunda a sexta-feira).

O objetivo deste projeto de lei é conferir mais segurança aos próprios motociclistas (dados da Companhia de Engenharia de Tráfego apontam que o número de condutores e caronas das motos vitimados, fatalmente, em acidentes de trânsito aumentou 11,7% em 2010). Outra justificativa para a proibição das garupas é diminuir a quantidade de assaltos em que duas pessoas em uma motocicleta atacam motoristas parados no trânsito ou clientes que saem de agências bancárias. Conforme o projeto cita, a porcentagem de motoqueiros envolvida em crimes contra o patrimônio chega a 61,5%.

Não se pode deixar de notar que, no caso de São Paulo, a medida é enérgica - minha opinião - e deverá prejudicar inúmeros inocentes que ficarão impossibilitados de levar filhos, maridos, esposas, namoradas, colegas ou o que mais lhes aprouver para dar um passeio, ao trabalho, ver um filme... Me parece que a solução criada pela polícia baiana, desde que dê resultados, é mais eficaz e agride menos a sociedade.

É triste perceber que o nosso livre-arbítrio está sendo bloqueado pelas ações de mal-feitores que, além de nos roubar, matar, sequestrar e sabe-se lá mais o quê, obrigam as autoridades a investirem dinheiro de impostos, que poderiam ser injetados em saúde e em educação, na luta cruel contra o crime.

Oremos!

Nenhum comentário: