Este estudo, do qual fala o título da matéria, foi realizado pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e pela organização não governamental Viva Rio. Saber que os bandidos possuem um armamento, pelo menos, 100% superior ao da polícia é de assustar qualquer um. Além do despreparo de certos integrantes do efetivo, da corrupção que assola a corporação, e dos baixos salários dados a quem arrisca a vida pela sociedade, ainda há a enorme inferioridade bélica?
Que legal, não? O cara tem que lutar contra a escória da sociedade sabendo que o risco de 'perder' é dos maiores. Tendo em vista estes e outros problemas tão bem conhecidos por nós, brasileiros, fica difícil julgar o policial que vende a alma em troca de umas migalhas a mais.
O levantamento aponta que, enquanto os marginais detêm 5,2 milhões de peças, a polícia possui apenas 2,1 milhões. Outro ponto importante do estudo mostra que destes 5,2 milhões de armas, 57% são ilegais.
A enorme variação do número, ao meu ver, é resultado de um círculo vicioso. A falta de segurança nas fronteiras brasileiras favorece a entrada destes armamentos. Enquanto isso, a polícia rodoviária, que deveria fazer uma fiscalização minuciosa nas estradas que cortam o país, parece fazer vista grossa, ou o número de policiais não dá conta das grandes extensões das nossas rodovias. Quando a cobiça, realçada pelas péssimas condições de trabalho, faz-se parceira das quadrilhas, impera a impunidade e casos, como o do integrante do 'AfroReggae', morto a sangue frio por ladrões, e negligenciado por PM's, que além de tudo, ainda tomaram para si as 'mercadorias' levadas pelos assassinos, são vistos cada vez mais.
É necessário que a fiscalização nas fronteiras e nas estradas seja feita de maneira séria e efetiva. Desta forma, bandidos deixam de conseguir armamentos capazes até de derrubar helicópteros, como assistimos pela televisão no ano passado. Neste incidente, dois policiais morreram. Na época, muito foi debatido sobre o poderio bélico dos bandidos. E aí? Será que algo foi feito de lá para cá para sanar esta moléstia do país?
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