segunda-feira, 30 de julho de 2012

Concreto, condutor elétrico: só se vê em Salvador



Buracos, sujeira, insegurança... Salvador anda de mal a pior e todo mundo sabe. O que pouca gente sabe, creio eu, é que os postes da cidade estão dando choques nos cidadãos. Hoje eu levei uma baita descarga elétrica ao tocar em um poste da Avenida Heitor Dias, nas proximidades da concessionária Morena, entre os bairros Cidade Nova e Vila Laura. Meu coração disparou, fiquei tremendo feito vara verde e minha mão dói até agora!

Nesta manhã, ao sair para trabalhar, fui surpreendida por uma forte chuva. Como o dia não estava dos mais feios, não pensei em pegar o guarda-chuva. A caminhada até o ponto de ônibus é de cerca de um quilômetro e, em função da distância, fiquei completamente encharcada. Ao atravessar as obras da Via Expressa, para chegar ao sentido da via que me levaria ao Pelourinho, tentando me esgueirar entre os carros que engarrafavam a pista e a calçada imunda, completamente, enlameada e coberta por lixo, fui inventar de encostar em um poste. Eu já tomei alguns choques na vida, mas nada que se comparasse à descarga elétrica que levei hoje. Apesar de ter sido uma questão de segundos, o tempo parou: pude sentir a corrente de energia passando por todo o meu corpo. O local de entrada, a mão esquerda, permanece dormente até agora, e o coração acelerou para valer.

 Alguns podem pensar que é inocência, no entanto, não creio que a chuva seja justificativa para tal sinistro. Eu não peguei em fios. Simplesmente, toquei no concreto, e este foi o condutor da energia, o que, tenho certeza, não deveria ocorrer.

Ocorrências semelhantes já foram registradas na capital baiana. Em janeiro deste ano, um homem de 29 anos morreu atingido por uma descarga elétrica, no bairro de São Marcos. Erinaldo Cardoso Alves, morador da Rua Geraldo Magela, fazia a medição de um terreno quando se apoiou em um poste de energia e recebeu o choque. De acordo com a 10ª Delegacia Territorial, em Pau da Lima, o homem morreu logo após o choque. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ir ao local, mas o rapaz já não tinha sinais vitais.

O caso em questão nada diferiu do que ocorreu comigo, o que quer dizer que eu tenho muita sorte de poder estar contando o ocorrido aqui neste blog. Eu espero que as pessoas que leiam este post, disseminem a informação e que os órgãos competentes ajam no interesse da população que reside em Salvador e empreenda atividades de fiscalização constantes para que nós, cidadãos pagadores dos impostos, diga-se de passagem, tenhamos direito à segurança mínima ao circular pelas ruas da cidade, que como eu disse anteriormente, andam sujas, esburacadas e propícias a atos de violência.

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