Buracos, sujeira, insegurança...
Salvador anda de mal a pior e todo mundo sabe. O que pouca gente sabe, creio
eu, é que os postes da cidade estão dando choques nos cidadãos. Hoje eu levei
uma baita descarga elétrica ao tocar em um poste da Avenida Heitor Dias, nas
proximidades da concessionária Morena, entre os bairros Cidade Nova e Vila Laura. Meu coração disparou, fiquei tremendo
feito vara verde e minha mão dói até agora!
Nesta manhã, ao sair para
trabalhar, fui surpreendida por uma forte chuva. Como o dia não estava dos mais
feios, não pensei em pegar o guarda-chuva. A caminhada até o ponto de ônibus é
de cerca de um quilômetro e, em função da distância, fiquei completamente
encharcada. Ao atravessar as obras da Via Expressa, para chegar ao sentido da
via que me levaria ao Pelourinho, tentando me esgueirar entre os carros que
engarrafavam a pista e a calçada imunda, completamente, enlameada e coberta por
lixo, fui inventar de encostar em um poste. Eu já tomei alguns choques na vida,
mas nada que se comparasse à descarga elétrica que levei hoje. Apesar de ter
sido uma questão de segundos, o tempo parou: pude sentir a corrente de energia passando
por todo o meu corpo. O local de entrada, a mão esquerda, permanece dormente
até agora, e o coração acelerou para valer.
Alguns podem pensar que é inocência, no
entanto, não creio que a chuva seja justificativa para tal sinistro. Eu não
peguei em fios. Simplesmente, toquei no concreto, e este foi o condutor da
energia, o que, tenho certeza, não deveria ocorrer.
Ocorrências semelhantes já foram
registradas na capital baiana. Em janeiro deste ano, um homem de 29 anos morreu
atingido por uma descarga elétrica, no bairro de São Marcos. Erinaldo
Cardoso Alves, morador da Rua Geraldo Magela, fazia a medição de um terreno
quando se apoiou em um poste de energia e recebeu o choque. De acordo com a 10ª
Delegacia Territorial, em Pau da Lima, o homem morreu logo após o choque. O
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ir ao local, mas o
rapaz já não tinha sinais vitais.
O caso em questão nada diferiu do
que ocorreu comigo, o que quer dizer que eu tenho muita sorte de poder estar
contando o ocorrido aqui neste blog. Eu espero que as pessoas que leiam este post, disseminem a informação e que os
órgãos competentes ajam no interesse da população que reside em Salvador e
empreenda atividades de fiscalização constantes para que nós, cidadãos
pagadores dos impostos, diga-se de passagem, tenhamos direito à segurança
mínima ao circular pelas ruas da cidade, que como eu disse anteriormente, andam
sujas, esburacadas e propícias a atos de violência.
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